Relatos de parto

Gabriela

Júlia & Pedro

25/08/2023, o dia em que Gabi nasceu e me deu de presente a experiência mais insana, potente e visceral que já vivi.

 

Estava com 41 semanas de gestação, e como Gabi não tinha dado nenhum sinal de que queria nascer, tivemos que induzir o parto.

 

Chegamos na maternidade no dia 24/08/2023, e às 12:30h Dra. Avelina iniciou os procedimentos para induzir o parto. Por volta das 14h, senti as primeiras contrações, mas a dor naquele momento não incomodava tanto. Por volta das 18h, comecei a ter contrações fortes.

 

Fui direto para o chuveiro quente. A partir daí, as contrações só pioraram, e a dor começou a ficar insuportável. Segurei o máximo que consegui, tentei todos os métodos de alívio de dor para evitar a analgesia antes da hora (massagem, chuveiro, banheira, bola suíça). Naquele momento, vi que realmente é verdade o que dizem, que a mulher “vira bicho” no trabalho de parto. Já não resistia mais, me contorcia de dor, minha perna tremia involuntariamente e vocalizava a cada contração. Estava na tal “partolândia” que todos falam. E sentir dor já não era mais uma opção.

Às 22h, após 8h de trabalho de parto, recebi analgesia. A partir daí, minha alma voltou para o corpo, e consegui conversar, rir, ouvir as piadas do marido, e realmente curtir aquele momento. Quando vinham as contrações, sentia a barriga enrijecer e uma pressão bem forte, mas finalmente sem dor. Caminhei pelos corredores da maternidade e retomei os exercícios de mobilidade de quadril, e quando Dra. Avelina foi me examinar, lá estava eu com 8cm de dilatação! A partir daí, a pressão foi só aumentando, e aos poucos o efeito da analgesia também foi passando.

 

Era 00:00h e havia chegado o momento de empurrar (fase expulsiva). Dra. Avelina e Dra. Camila, que também estava assistindo o parto, me sugeriram ir para o banquinho de parto. Estava exausta, mas ansiosa e feliz por saber que logo poderia enfim ver a carinha da Gabi. Pedro ficou atrás de mim, sentado no sofá, sem largar minhas mãos em nenhum momento. A pressão era enorme, e já sentia a dor voltando.

 

A cada contração, tentava me concentrar o máximo possível para direcionar a força. Mas a exaustão era tanta que não conseguia fazer a força necessária.

 

Foi então que Dra. Avelina olhou no fundo dos meus olhos, e me disse: “Ju, a Gabi já está ficando cansadinha, pois está com pouca oxigenação e o batimento dela está mais fraquinho. Preciso que, na próxima contração, você faça uma força longa”. Naquele momento, fui tomada por uma potência brutal, visceral, sobrenatural! Algo que nunca imaginei que teria.

 

E finalmente Gabi nasceu, à 01:16h do dia 25/08/2023, com os olhinhos abertos e atentos, e seguiu direto para os meus braços. Que experiência insana e surreal! Com a mesma rapidez e intensidade que veio aquela força para parir, veio um amor imensurável, ao ver a carinha da Gabi! Um turbilhão de sensações e sentimentos, de alívio, vitória, superação e amor! Algo que toda mulher deveria experimentar!

 

Obrigada, @avelinasanches @camila_neiva @nucleobemnascer e @nossoneocenter, por garantirem uma assistência ao parto extremamente respeitosa.

E @polyaraujofotografia, obrigada por ter registrado com tanta sensibilidade toda a intensidade do parto da Gabi. Vendo as fotos, consigo sentir cada contração, cada abraço, cada respiração, e o momento em que finalmente vimos a carinha da Gabi.